segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meu Projeto de TCC - Curso História

Mojubá,

É engraçado que estou no 1º semestre do curso de História da Faculdade Sumaré e já estou preparando o meu projeto de TCC e claro meu tema não poderia deixar de refletir minhas convicções, minha pesquisa e principalmente minha negritude e ancestralidade.

Escolhi o tema da lei 10.639 que dá obrigatoriedade ao ensino de História da África e Afro - Brasileiras nas escolas.
 Mas, que difícil, chegar nas mesmas constatações que todos os outros chegaram de que o ensino baseado na lei não é cumprido por N motivos, isso todos já fizeram e fazem, quero fazer algo diferente.

Quero mostrar que apesar da lei muitas vezes não ser cumprida, podemos mudar esse quadro, ensinar a História da África e Afro - brasileira é um grande desafio para os professores, pois nossa cultura é minimizada ao Samba, Capoeira e o Candomblé, como ensinar de fato a História das lutas dos negros por liberdade, as influências dos nossos ancestrais na cultura brasileira se os educadores não tem suporte para isso, e muitos dos mesmos são vitímas de uma doença chamada Preconceito?

É, decidi além de fazer a teoria com base na lei, intervir de fato nesta aula e mostrar a beleza e riqueza de nossa cultura.

Então meu tema é: O negro na construção da identidade brasileira

Chega de constatarmos a mesma coisa e não fazermos nada né minha gente.

Só conseguiremos falar sobre nossa história, aprendendo sobre ela, já ouvi muitos dizerem que estão cansados de ouvir a história do negro ser contada por brancos.

Então, eu, negra, em busca da minha nacestralidade e conhecimento sobre a minha origem, contarei um pouquinho da nossa verdadeira história.


Pollyana Almië
Dançarina/ Atriz
Estudante de História.

terça-feira, 19 de abril de 2011

África de Todos Nós

Desde 2003, a cultura africana faz parte do currículo escolar, mas da lei a prática existe uma grande diferença. A África tem um estereótipo muito difundido aqui no Brasil, quando falamos em África falamos exclusivamente  em Candomblé, Capoeira, Samba, esquecemos que vieram para nosso país negros de várias etnias.

Vamos mostrar no nosso Blog um pouco da nossa África, da real África que não conhecemos.



Os diversos povos que habitavam o continente africano, muito antes da colonização feita pelos europeus, eram bambambãs em várias áreas: eles dominavam técnicas de agricultura, mineração, ourivesaria e metalurgia; usavam sistemas matemáticos elaboradíssimos para não bagunçar a contabilidade do comércio de mercadorias; e tinham conhecimentos de astronomia e de medicina que serviram de base para a ciência moderna. A biblioteca de Tumbuctu, em Mali, reunia mais de 20 mil livros, que ainda hoje deixariam encabulados muitos pesquisadores de beca que se dedicam aos estudos da cultura negra.
Infelizmente, a imagem que se tem da África e de seus descendentes não é relacionada com produção intelectual nem com tecnologia. Ela descamba para moleques famintos e famílias miseráveis, povos doentes e em guerra ou paisagens de safáris e mulheres de cangas coloridas. "Essas idéias distorcidas desqualificam a cultura negra e acentuam o preconceito, do qual 45% de nossa população é vítima", afirma Glória Moura, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB).



Negros são parte da nossa identidade
O pouco caso com a cultura africana se reflete na sala de aula. O segundo maior continente do planeta aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, deixando capenga a noção de diversidade de nosso povo e minimizando a importância dos afro-descendentes. Por isso, em 2003, entrou em vigor a Lei no 10.639, que tenta corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas. "Uma norma não muda a realidade de imediato, mas pode ser um impulso para introduzir em sala de aula um conteúdo rico em conhecimento e em valores", diz Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, membro do Conselho Nacional da Educação e redatora do parecer que acrescentou o tema à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A cultura africana oferece elementos relacionados a todas as áreas do conhecimento. Para Iolanda de Oliveira, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, se a escola não inclui esses conteúdos no planejamento, cada professor pode colocar um pouco de África em seu plano de ensino: "Não podemos esperar mais para virar essa página na nossa história", enfatiza. Antes de saber como usar elementos da cultura africana em cada disciplina, vamos analisar alguns aspectos da história do continente e os motivos que levaram essas culturas a serem excluídas da sala de aula.
O ensino de História sempre privilegiou as civilizações que viveram em torno do Mar Mediterrâneo. O Egito estava entre elas, mas raramente é relacionado à África, tanto
que, junto com outros países do norte do continente, pertence à chamada África Branca, termo que despreza os povos negros que ali viveram antes das invasões dos persas,
gregos e romanos.

A pequisadora Cileine de Lourenço, professora da Bryant University, de Rhoad Island, nos Estados Unidos, atribui ao pensamento dos colonizadores boa parte da origem do preconceito: "Eles precisavam justificar o tráfico das pessoas e a escravidão nas colônias e para isso ‘animalizaram’ os negros". Ela conta que, no século 16, alguns zoológicos europeus exibiam negros e indígenas em jaulas, colocando na mesma baia indivíduos de grupos inimigos, para que brigassem diante do público. Além disso, a Igreja na época considerava civilizado somente quem era cristão.
Uma das balelas sobre a escravidão é a idéia de que o processo teria sido fácil pela condição de escravos em que muitos africanos viviam em seus reinos. Essa é uma
invenção que não passa de bode expiatório: a servidão lá acontecia após conquistas internas ou por dívidas – como em outras civilizações. Mas as pessoas não eram
afastadas de sua terra ou da família nem perdiam a identidade.
Muitas vezes os escravos passavam a fazer parte da família do senhor ou retomavam a liberdade quando a obrigação era quitada com trabalho. Outra mentira é que seriam povos acomodados: os negros escravizados que para cá vieram revoltaram-se contra a chibata, não aceitavam as regras do trabalho nas plantações, fugiam e organizavam quilombos.

A exploração atrapalhou o desenvolvimento
A dominação dos negros pelos europeus se deu basicamente porque a pólvora não era conhecida por aquelas bandas – e porque os africanos recebiam bem os estrangeiros,
tanto que eles nem precisavam armar tocaias: as famílias africanas costumavam ter em casa um quarto para receber os viajantes e com isso muitas vezes davam abrigo ao
inimigo. Durante mais de 300 anos foram acaçambados cerca de 100 milhões de mulheres e homens jovens, retirando do continente boa parte da força de trabalho e rompendo com séculos de cultura e de civilização.
Nesta reportagem, deixamos de lado de propósito a capoeira, embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Preferimos mostrar conteúdos ligados às ciências sociais e naturais, à Matemática, à Língua Portuguesa e Estrangeira e a Artes, menos comuns em sala de aula, para você rechear a mochila de conhecimentos dos alunos sobre a África.




informações tiradas do site: http://revistaescola.abril.com.br

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Videos do Carnaval 2011

Mojubá,

Esses são os videos do carnaval 2011

Afoxé Iyá Ominibú - Abertura carnaval 2011


Afoxé Omo Ayê e Filhos de Ijexá - Carnaval Santos 2011

     

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Influências - Africanas

 Os quitutes do tabuleiro da baiana, os sons e cores dos blocos de afoxé, os movimentos das danças populares, os traços e formas da arte e os detalhes de nossas vestimentas provam o quanto estamos próximos da África. No programa ‘Influências’, quarto episódio da série ‘Mojubá’, entendemos como o nosso cotidiano foi enriquecido pela tradição religiosa africana e percebemos que a distância entre os dois continentes não é empecilho para a proximidade de suas culturas.

Há cerca de cinco séculos, os navios negreiros trouxeram ao Brasil bem mais do que negros africanos que serviriam como escravos aos senhores de engenho. Junto com este povo de riquíssima cultura vieram as matrizes da culinária, da música, das artes e da religiosidade brasileiras. E assim como o acarajé, o samba e os rituais do candomblé e da umbanda, diversos elementos da tradição africana povoam até hoje o cotidiano do país.

Júlio Tavares – antropólogo carioca

“A comida sempre desempenhou um papel de ligação deste mundo material com o mundo espiritual. Através da comida acontece, na verdade, uma espécie do aproximação entre os habitantes de ambos os mundos. Dar comida a santo é, simbolicamente, compartilhar com o universo dos orixás o estado de vida existente nesta terra”.

Carlos Negreiros – baterista carioca

“Cada entidade tem uma comida especial que passou a constituir também um prato característico da culinária brasileira, entre eles o acarajé e o abará, assim como o dendê e a pimenta. O mais interessante é que o significado de qualquer alimento vai além do que podemos ver”.
Também não é possível determinar a quantidade de artistas que se inspiraram na tradição e na espiritualidade africanas para definir a estética de sua obra. Um deles foi o pintor Rubens Valentim, nascido em Salvador em 1922 e morto em São Paulo em 1991. Valentim fez um estudo original dos signos do candomblé e dos emblemas dos orixás nagôs para criar grafismos geométricos que renovaram o cenário artístico da Bahia no final da década de 40.

Ronaldo Rego – artista plástico carioca


“A arte nasceu, quase sempre, de um sentimento religioso. Grandes estilos artísticos, como o gótico e o árabe, foram motivados pela religião. A China se inspira no budismo e com as raízes africanas não poderia ser de outra forma. A arte que o Brasil vem criando tem, obviamente, conotações religiosas”.

Zeca Ligiero – antropólogo carioca

“Historicamente, temos um marco, que é a Semana de Arte Moderna de 1922, quando alguns pintores descobriram os modelos negros e a estética afro, embora haja poucos registros sobre isso. Di Cavalcanti e Portinari ficaram conhecidos por suas mulatas de lábios carnudos e pelos negros musculosos. Apesar de utilizarem o negro como mão-de-obra, esses pintores assimilaram a estética africana.
É interessante notar como a cultura negra chegou no Brasil praticamente dentro do ser humano africano. Ele não trouxe fotos nem gravuras: Trouxe memórias e a partir delas fez a sua história. Toda tradição é oral, que corre de geração em geração e, nesse sentido, é difícil separar arte, religião e vida”.
Através da música, da dança e da espiritualidade, o candomblé expressa a harmonia dos ritmos do universo e faz circular as energias vitais. A força desta tradição se espalhou pelos quatro cantos do país, formando novas expressões culturais genuinamente brasileiras.

Nei Lopes – escritor carioca

“Câmara Cascudo, nosso saudoso etnólogo, pesquisou e escreveu sobre a tradição dos festejos populares que vêm desde a época colonial, começando com as congadas, passando pelos cucumbis e chegando às modernas escolas de samba. Os desfiles carnavalescos de hoje evocam os cortejos dos reis banto que seguiam com suas embaixadas para visitar ou mesmo guerrear aldeias vizinhas, portando estandartes e tocando instrumentos. É toda uma tradição que veio desembocar em coisas que parecem distantes, mas não são”.

Zeca Ligiero – antropólogo carioca


“Os ranchos são criados pelas negras baianas ligadas ao candomblé no final do século XIX. Elas fixam residência no Rio de Janeiro, então capital do país, e são muito festeiras. A partir de um determinado momento, o rancho, que antes circulava no Natal, passa a sair pelas ruas no Carnaval. A multiplicação desses ranchos, juntamente com os cordões - que eram blocos carnavalescos de negros, mas um pouco menos organizados – é, certamente, uma das principais origens da criação das escolas de sambas”.

Vovô – Ilê Aiyê

“Os blocos afros da Bahia sempre foram ligados aos terreiros de candomblé. Na verdade, levam o nome de afoxés e são mais conhecidos como candomblé de rua. O meu avô criou um bloco chamado ‘Africano leal’. O Ilê Aiyê, do qual faço parte, nasceu num terreiro e a maioria de seus integrantes é povo-de-santo. É também o bloco que agrega mais mulheres e se tem o cuidado de preservar a religiosidade”.

Agnaldo da Silva – Filhos de Gandhi

“O afoxé Filhos de Gandhi foi fundado em 18 de fevereiro de 1949 por estivadores portuários de Salvador que queriam de levar paz à avenida. Inspirados em Mahatma Gandhi, vestiram toalhas e lençóis brancos como fantasia, em referência aos trajes indianos e, através de atabaques, agogôs, xiquerês e do canto para os orixás, os Filhos de Gandhi vem, esses anos todos, associando a filosofia hindu à sonoridade africana”.

Júlio Tavares – antropólogo carioca

“Todas as atividades da vida cotidiana dos africanos passam por rituais e nos remetem ao mundo religioso. A música, por exemplo, é a via de acesso ao sagrado por causa do ritmo, o principal elemento da musicalidade africana. Todos os orixás dançam em torno de um círculo, movidos pelo toque dos tambores, pela oralidade e pelo canto específicos”.

Maria de Lourdes Siqueira – antropóloga maranhense

“A sociedade brasileira é construída sobre uma revisão das civilizações africanas. A dinâmica da sociedade é a mesma há cinco séculos, mas as questões mudaram e hoje temos a lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira na rede escolar.

Finalmente, vislumbramos a legitimação de um conhecimento que já transmitíamos através das organizações de resistência negra, do Teatro Experimental do Negro, da Frente Negra de Libertação, da imprensa negra, dos quilombos, dos terreiros de candomblé, dos afoxés e, mais recentemente, dos blocos afros. A sociedade brasileira sempre buscou inspiração africana, mas nunca reconheceu que era a base de sua cultura, porque havia o preconceito de não legitimar o que vinha dos negros africanos ou dos indígenas”.

Texto retirado do site: http://www.acordacultura.org.br/mojuba/

CARNAVAL 2011 - NJO IMOLÉ

MOJUBÁ,

O ANO DE 2011 COMEÇOU MUITO MASSA PARA A CIA DE DANÇA AFRO NJO IMOLÉ, TRABALHAMOS PARA REALIZARMOS O CARNAVAL DE 3 LOCAIS.

CARNAVAL DE SÃO PAULO - ABERTURA DO CARNAVAL COM O AFOXÉ IYÁ OMINIBÚ
TEMA: OXUMARÊ, ORIXÁ DOS MOVIMENTOS
DATA: 04/03/2011
LOCAL: SAMBODRÓMO DO ANHEMBI

OXUMARÊ FOI REPRESENTADO POR KADU, QUE ABRILHANTOU A PASSARELA DO SAMBA COM SEUS MOVIMENTOS ABENÇOANDO A AVENIDA. OXUMARÊ A SERPENTE E O ARCO - IRÍS, O INÍCIO E O FIM, O INFINITO, A CONTINUIDADE DE TUDO, AQUELE QUE TRAZ AS CHUVAS DE OYÁ PARA TERRA E LEVA AS RIQUEZAS DAS CACHOEIRAS DE OXUM PARA O PALÁCIO DE XANGÔ. O MISTÉRIO DO UNIVERSO É O PRÓPRIO OXUMARÊ, ELE É A SUSTETAÇÃO DA TERRA, ELE É O EQUILIBRIO.

                                          ARROBOBOI OXUMARÊ!

KADU REPRESENTANDO OXUMARÊ

DIA 05/03/2011 FOI A VEZ DA ESCOLA CASA BRANCA DE SUZANO, FIZEMOS A COMISSÃO DE FRENTE DA ESCOLA.
FOI NOSSO PRIMEIRO TRABALHO PARA A PREPARAÇÃO DO CARNAVAL, A ESCOLA VEIO FALANDO SOBRE OS SETE PECADOS CAPITAIS.
E NOSSA COMISSÃO REPRESENTAVA A INVEJA, ESTAVA LINDÍSSIMO!


E DÁ-LHE MAMUTE - VENCEDORA DO CARNAVAL 2011 DE SUZANO, E DÁ-LHE A COMISSÃO DE FRENTE QUE TIROU 10 DOS JURADOS!



DIA 06/11/2011 FOI A VEZ DE SANTOS.
ESTAVAMOS NO AFOXÉ OMO AYÊ  E NO AFOXÉ FILHOS DE IJEXÁ ABRINDO O CARNAVAL DE SANTOS, FOI UM DIA COMPLICADO PELO CANSAÇO, ALIÁS, PELA EXAUSTÃO, MAS FOI UM DIA LINDO DE SOL, UMA VIAGEM AGRADÁVEL E UMA NOITE MÁGICA. E A ANFITRIÃ DA FESTA ERA OXUM.


A RAINHA DE IJEXÁ, DONA DAS ÁGUAS DOCES, DONA DO OURO, DA FERTILIDADE, DO AMOR, DA SENSUALIDADE, A MENINA MULHER FACEIRA, ENCANTADORA, FEITICEIRA, ASTUTA. A MÃE AMOROSA, A MULHER CARINHOSA, A GUERREIRA QUE NÃO LUTA COM ARMAS MAS COM ESPERTEZA, INTELIGÊNCIA E CHARME.


 POLLYANA ALMIË ABENÇOOU A PASSARELA DO SAMBA DE SANTOS COM AXÉ DE MAMÃE OXUM.


                                                     ORA YEYÊ Ô OXUM!

POLLYANA ALMIË REPRESENTANDO OXUM
  MAIS FOTOS DE SANTOS:

OXUM SE BANHANDO NO RIO


 




OXUM ADMIRANDO-SE NO SEU ABEBÉ (ESPELHO)
 


OXUM, OXÓSSI (ESPOSO) E LOGUN - EDÉ (FILHO)