Nossa história foi manchada pelo sangue dos nossos ancestrais.
Arrancados de sua terra, traídos pelos seus irmãos.
Vendidos como mercadoria sem valor, vieram para a “Pátria Amada, Mãe Gentil”.
De gentilezas cruéis, arrancava a pele açoitando as costas de seus filhos adotados.
O sol da liberdade, com seus raios fulgidos foi ofuscada pela escravidão.
Mesmo pós-abolição.
Os filhos deste solo foram arrancados do ventre de sua mãe.
Abortados do ventre da mãe África.
Sendo usurpada viu-se obrigada a acompanhar seus filhos na raiz da cultura que ainda prevalece, para que os seus não esquecessem de onde vieram.
África mãe gentil, Brasil pai cruel e ditador, que explora seu poder de pai, para ser exaltado como indispensável na vida dos filhos.
África mãe gentil, explorada pelo seu senhor Brasil.
Mas apesar de sua fragilidade feminina, resistiu e resiste á séculos de exploração.
Filhos d’África, filhos da força, filhos da resistência.
Filhos d’África não descendemos de escravos.
Também temos o “sangue azul”, também viemos da nobreza.
Descendemos de reis, rainha, príncipes, princesas.
Nosso Deuses tem seus segredos e mistérios, e estes vieram impregnados nos nosso genes.
Nossa história não começa em 1500 com a chegada dos colonizadores ao Brasil.
Antes disso nossa descendência já estava sendo plantada, com a exploração dos nossos índios.
Brasil, pátria amada Brasil.
Óh grande pai dos afro-descendentes.
Brasil, pai amado Brasil, que tentando mostrar sua autoridade de pai, explorou seus filhos e sua grandiosa esposa África.
Saiba grande pai, que mesmo humilhados, açoitados, torturados pela sua impafia e nobreza,
Nossa gentil mãe África lhe deu a maior nobreza que você tem até os dias de hoje.
Essa nobreza somos nós Afro-descendentes.
Pollyana Almië
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